Estava um dia calmo. Como o Acampamento vivia dias de paz, eu estava conversando com outros filhos de Nêmesis, e uma garoto, aparentando ter entre 15 a 16 anos, alto e forte, era um filho de Ares, atirara uma maçã podre na cabeça de uma garotinha filha de Afrodite, que começara a chorar e gritei:

-Ei, por que você não encara alguem do seu tamanho?

Ele me encarou com um olhar voraz e pensei "Pronto, é hoje que eu morro" , mas eu não podia deixar ele judiar de uma pobre garotinha, eu tinha que impedir aquela ação injusta. Ele andou em minha direção com outra maçã podre e disse:

-O que você disse pirralha de Nêmesis?

Engoli em seco e fiquei muda. Ele era alto e forte, poderia me amassar com duas mãos, mas disse:

-Eu disse por que você não encara alguem do seu tamanho?

Ele me levantou com uma mão, me segurando pelo colarinho da camisa e me jogou na parede dizendo:

-Quero ver repetir isso lá na Arena. - E ele esmagou a maçã podre na minha cabeça e saiu rindo de minha cara. Todos davam risada, e aquilo me deixou muito, mas muito furiosa e queria muito me vingar, mas esperei a hora certa.


Era chegada a hora de ir pra Arena. Estava nervosa, afinal todo mundo do Acampamento estava rindo de mim, e dizendo que eu ia perder, menos um campista, um filho de Hades, Aleksander, ele me chamara e eu disse:

-O que foi? Vai dar risada de mim como os outros?

Ele disse em um tom de indiferença:

-Não faria nunca isso com você. Espero que ganhe.

E em seguida ele saiu andando, não tive tempo para agradecer, estava ficando triste por todos rirem de mim, e me achar fraca, então disse:

-Eu juro que ninguem vai rir de mim, eu me vingarei desse filho de Ares imprestável. - E andei para a Arena.

Estava cheia, bem cheia mesmo, todos os campistas estavam gritando o nome do filho de Ares, e todos da Arena tinha uma maçã podre nas mãos e aguardavam ansiosos pela batalha. Senti um frio na barriga e um certo sentimento de me vingar dele, fazer ele engolir todas aquelas maçãs podres e humilhá-lo como ele me humilhou. Cheguei ao centro da Arena quando a voz dele ecoou:

-O perdedor será atingido por todas as maçãs podres, e carregará uma marca brasada na pele escrita: "Perdedor". Aceita?

Tirei minha espada da bainha e disse:

-Aceito sim.

Rapidamente ele retirou a espada da cintura e me golpeou, e eu por instinto recuei, mas levei um leve corte na coxa. O olhei com raiva e ele já avançara com golpes incisivos e estocadas, e eu defendia com meu escudo, ele além de forte era rápido, e me assustava. Ele me chutou no meu corte e me fez gritar de dor e me bateu na altura do peito, me fazendo cair. No chão eu estaria vulnerável, pensou ele, mas quando ele deu uma estocada, chutei sua perna e o golpeei no braço direito, o que o deixou furioso e me chutou no rosto e na barriga. Sentia uma dor forte pelos chutes, e os campistas davam risada de mim. Era humilhante, e senti o chute em minhas costas, e por reação golpeei sua perna, o que o derrubou, e me deu tempo para me levantar e correr.
Ele se levantou com ódio, e correu em minha direção com a espada na frente. Fiquei assustada, e reparei em uma brecha no ataque dele, o lado esquerdo dele estava desprotegido, bem na região do ombro, e avancei. Coloquei o meu escudo na frente e desviei a espada, e rapidamente estoquei o ombro dele e dei um chute entre suas pernas, o filho de Ares caiu gritando de dor e chutei seu rosto dizendo:

-E isso foi por ter me humilhado.

Chutei a espada dele para longe e fui até a arquibancada. Todos estavam surpresos e disse:

-O que foi? O gato comeu a língua de vocês?

Desci da Arquibancada com uma maçã podre na mão e gritei:

-O perdedor leva uma chuva de maçãs podres, e ainda é marcado na pele com a palavra "Perdedor", lembram?

Segurei o filho de Ares pela gola da camisa e estourei a maçã em sua cara, peguei minha espada e marquei seu peitoral com a Palavra "Perdedor" e sai da Arena em silêncio. Estava orgulhosa de mim, a minha vingança tinha sido bem feita, e um bom banho me esperava.