Chalé de Hades

Assunto: Chalé de Hades Sex Jun 22, 2012 3:42 pm

De mármore negro com detalhes prateados, assim era o Chalé dos Filhos de Hades. Sombrio e arrepiante, parecia guardar também as almas dos condenados aos Campos de Asfódelos, que gemiam e se contorciam buscando a atenção de seu Deus.
Duas colunas marcavam a entrada, colunas altas, ornada com os castigos dos homens, como Tântalo, ambas no mais puro estilo grego. No centro, como que guardando as portas do Chalé, uma estátua gigantesca, de um cão de três cabeças, negro e feroz. Seu olhos pareciam estar sempre a espreita, aguardando o próximo filho das sombras entrar....Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus dos mortos

E bem no meio do interior do chalé, havia uma placa que dizia:

"Bem-Vindos, meus Filhos"

Assunto: Re: Chalé de Hades Qui Jul 05, 2012 1:11 pm

#PostÚnico
#Filho de Hades\13 Anos\Herói do Olimpo
#Não... não podia está acontecendo isso comigo... odeio pais.

Meu sonho não era nem um pouco melhor que minha vida. Eu simplesmente estava em um local estranho, em uma sala para ser exato. Era coberta por colunas de mármore negro e obsidiana, que fazia as paredes mais terríveis de qualquer filme de terror. À minha frente, um trono. Um trono desejável, porém um pouco menos gracioso que muitos outros que já tinha visto. De repente, um tufão branco de rosas cercaram um trono ao lado do central. Uma jovem apareceu. Tinha um sorriso elegante e parecia ser jovem adulta, no auge da sua idade. Seu sorriso era distante, também. Embora tivesse os cabelos sedosos, parecia odiar toda sua vida. Então uma grande coluna de esqueletos foram dando espaço ao trono. O mesmo foi preenchido de músculos e carne, e logo via um gigante com um sorriso psicótico. Na verdade, era um homem normal - a não ser por ter fácil 3 metros - com uma aparência terrível. Era pálido, porém era muito bonito. Seus cabelos negros caíam até a orelha, mas seus olhos eram órbitas vazias de puro terror. Ele parecia louco, por algumas vezes fazer um sorriso e ter o mesmo tempo para desfazê-lo. E então, uma música começou a ecoar, vindo de longe. Era uma melodia perfeita e bela, porém triste, e então quando ficou alta, um jovem entrou pelos portões.

— Orfeu. — a voz de Hades deu o tom frio à sala.

A melodia parou e a música triste cessou o único barulho que poderia ser encontrado no local.

—Hades... — disse Orfeu, suspirando. Então, mandou um sorriso para Perséfone que mordeu o lábio inferior. — Vim para pedir o senhor a alma da minha esposa. Fielmente, eu quero que a mesma volte para o mundo e viva comigo livremente.

— Você veio para isso? — a risada de Hades ecoou na sala, parecendo tremer a voz de tanto rir.

— Senhor Hades, veja só, ele pelo menos veio nos pedir calmamente. Ele está triste, perdeu uma esposa — respondeu Perséfone, tentando convencer o deus dos mortos.

— Sabe quantas coisas eu perdi e nem ao menos pedi ao meu irmão Zeus, o senhor — rugiu ele ao dizer senhor, mas logo continuou —dos céus. Mortais tem que viver para perder coisas e aprenderem o sentimento que mais tem. A dor. — riu histericamente — Você é um idiota. Será bom um músico no meio das minhas almas.

— Senhor... não sabes o quanto ama a rainha do submundo, pois eu amo igualmente a minha esposa. — vociferou ele, embora estivesse um tanto triste. — Por favor...

— Já chega! — o grito do meu "pai" me fez acordar, e soube o quanto ele podia ser maligno.

•••

Eu poderia lhes falar que somente acordei assustado. Mas dei um sobressalto, e em poucos segundos segurava minha espada. Lembrei da essência que a mesma levava e o quanto me fazia de culpado. Havia matado uma garota e o jeito que me comportei depois disto. Tinha matado uma garota. Quem sabe se não tivesse absorvido a mesma para minha espada, onde ela estaria? Hades a trataria bem? Para onde ela iria? As perguntas me cercavam tanto quanto a música de Orfeu poderia fazer um deus ceder coisas. Olhei para os lados e vi que ninguém mais estava no solitário chalé de Hades. Ninguém mesmo estava, nem meus dois irmãos loucos - Aleksander e Luna - e nem mesmo os mais quietos - Lia e Derek. O teto estava úmido e eu praticamente quase chorava. Lembrei que estava na cama e que minha espada quase cortava a cama, e por isso levantei.

— Droga, o que fizeram com esse chalé?

Olhei para os lados, estava totalmente desorganizado. Certo, a Lia não tinha passado ali. As camas desforradas, incluindo a minha, e muitas coisas fora dos seus lugares. Olhei para meu criado mudo, tão longe de toda a desorganização. Estava lá minha esfera monstro, meu boné dos Yankees, alguns frascos de poções, e presa ao elmo das trevas, estava minha adaga. Uma adaga de Ouro Imperial original, não de muitos que usavam as agregações que puderam ter durante a junta dos acampamentos. Uma camisa roxa descansava em minha cama, também um pouco nova, lavada. Já lia até mesmo o logo da mesma e a vestia, ligeiramente pegando uma mochila. Sorri, empunhando a espada e a colocando na bainha. Então retirei a camisa novamente para um banho rápido, precisaria está limpo por alguns dias. Quando terminei, com os dedos "escovei" os meus dentes e vesti finalmente a camisa roxa, calça jeans e tênis negros. Enfiei praticamente tudo que tinha no criado mudo na mochila, e então parti do chalé, olhando para o céu.

— Vou corrigir meu erro.

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